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Saiba o que é Branding e como aplicar a estratégia em Pequenas Empresas e Startups

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Neste artigo você irá conhecer uma estratégia muito utilizada por grandes empresas do mundo, o Branding, que tem o objetivo de fixar uma marca na mente dos consumidores de uma forma única. Aprenda tudo sobre a estratégia, adquira ideias e aplique no seu negócio, mesmo que você ainda seja uma Pequena Empresa.

Índice

Podemos definir Branding como um conjunto de ações e estratégias alinhadas ao posicionamento, propósito e valores de uma marca empresarial. O objetivo do branding é, além de gerar maior engajamento para uma marca, também despertar sensações e criar conexões conscientes e inconscientes com o consumidor, fator este que fará a diferença no momento em que o cliente precise adquirir um produto ou serviço.

No cenário empresarial altamente competitivo dos dias atuais, destacar-se da concorrência é um fator de sobrevivência e crescimento do negócio. Acontece uma guerra ai fora, de empresas que querem conquistar os mesmos clientes, ou mesmo marcas que querem encontrar uma necessidade e resolve-las com suas soluções.

As pequenas e médias empresas (PMEs) precisam buscar estratégias inovadoras para fortalecer sua presença no mercado, crescer e conquistar a fidelidade dos clientes. Nesse contexto, o conceito de “Branding” surge como uma ação essencial para moldar a identidade e a percepção da marca, e principalmente moldar a marca para o crescimento exponencial.

Quer um exemplo de função de Branding? Quando pensamos em uma marca de refrigerante, qual é a primeira que vem em sua mente? Qual é a sua preferida? Além de pensar no nome dessa marca (que provavelmente deve ser a mesma que eu pensei!), vem também em sua mente as cores, fontes, formas, trilha sonora de algum comercial, ou mesmo sensações e lembranças de sua vivência no passado. A vontade de consumir então, é instantânea!

Isso é Branding!

Não em vão grandes empresas pensam em todos os detalhes na organização, gestão e lançamento de produtos, ou aprimoramento dos já existentes. Desde a logomarca (cores, tipologia, significado, simplicidade), a criação do primeiro site, definição de missão, visão e valores da empresa, ou mesmo ORKs, os representantes da marca, a forma que a empresa irá tratar o consumidor, tudo isso faz parte do Branding, pois auxiliam na criação do valor além do produto.

Qual é o conceito de Branding?

Branding vai muito além de simplesmente criar um logotipo atraente. Trata-se do processo de construção e gestão da marca como um todo, envolvendo elementos tangíveis e intangíveis que compõem a imagem da empresa. Desde valores e missão até a forma como a marca se comunica, cada aspecto contribui para criar uma identidade única e memorável.

Para as pequenas e médias empresas (PMEs), o Branding pode ser o diferencial que impulsiona o crescimento e a estabilidade do negócio. Ao começar desenvolvendo uma identidade de marca sólida, as PMEs podem começar a estabelecer uma conexão emocional com seu público-alvo, ganhando confiança e lealdade. Além disso, uma marca bem construída não apenas atrai novos clientes, mas também cria uma base sólida para a expansão futura, tanto de retenção quanto de indicação, transformando assim o consumidor em um defensor árduo da marca.

O que um bom Branding precisa ter? Como ser lembrado por todos?

Tenha isso em mente: Branding diz respeito à gestão da marca e todas as suas imagens, ideias, conteúdos e sentimentos gerados, e deve ser implementado por todas as pessoas de uma empresa! O branding não é algo que se ativa, performado ou orgânico, ou seja, precisa ser conquistado e cultivado no longo prazo pela comunicação da marca de maneira ativa, e principalmente por todos os principais responsáveis pela gestão.

Qual foi a última vez que você foi mau atendido por uma empresa? Se lembra da situação ou momento? Consumiria algum produto ou serviço dessa empresa novamente? Saiba que o sentimento de raiva é o maior vilão do Branding!

o que é pior ao branding do que o mau atendimento?
O que pode ser pior ao branding do que o mau atendimento?

Mais importante do que definirmos “o que um bom Branding precisa ter“, podemos começar com “o que uma marca não pode fazer para não prejudicar o Branding“.

Ocupar o primeiro lugar na memória do seu cliente é um dos maiores objetivos de todas as organizações! É o mesmo que pensarmos em um Smarthphone de status e qualidade e não pensar em Apple!

Branding para PMEs: Como diferenciar o seu negócio dos concorrentes

De acordo com uma pesquisa realizada pela Bain and Company, 80% das marcas acreditam que estão oferecendo uma “experiência superior” aos seus clientes. Mas a realidade é outra: apenas 8% destas empresas entregam uma proposta de valor diferenciada, retorno este dos próprios consumidores. Eita povo exigente, não?

A construção de Branding em uma pequena empresa pode ajudar estrategicamente a encontrar pontos de diferenciação com relação aos concorrentes (até mesmo se destacar dos maiores!), considerando propósito, ideais, inovação e percepção de valor, que podem aproximar o seu público da sua marca. Ajudando você a encontrar a bandeira que você vai levantar, de forma que consiga arrastar uma multidão que se identifique com a sua proposta de valor. Mas que acima de tudo compre, compartilhe e defenda a sua marca.

Como se faz Branding? Como aplicar?

Definitivamente não há uma receita de bolo universal de como fazer Branding, mas há etapas primordiais e indispensáveis que devem ser executadas. Consideramos que um dos passos iniciais para começar uma Cultura de Branding na sua empresa é saber como criar uma marca que traduza a personalidade e os objetivos da empresa e, ao mesmo tempo, que esta seja atraente para o público-alvo, ou seja, com um logotipo bem definido, objetivo e bem construído. Se você está começando agora um próprio negócio, dedique uma atenção especial a construção da identidade visual.

Não é incomum também encontrarmos cases de boas empresas que possuem logos até mesmo feios e ultrapassados, mas que trabalham tão bem todos os demais atributos que faz a marca ser muito bem lembrada e recomendada. Isso conclui que Branding, apesar de ser importante também estar presente na logomarca, vai muito além disso.

Assim como seu negócio tem um propósito específico para um determinado público, cada marca tem suas características, sua personalidade, suas cores, e um jeito próprio de se expressar. E, tudo isso deve estar traduzido no conteúdo que você irá construir, na demanda que irá alavancar, nos posts que irá publicar, na dor que você irá resolver, fatores estes que fará o consumidor lembrar da sua marca quando precisar daquelas soluções.

Se você está buscando por um tutorial de Branding, ou como iniciar com o pé direito, acreditamos que possamos lhe ajudar! Vamos aos tópicos?

1. Estruture uma marca

Se você já tem um nome que considera ideal para a sua empresa, ótimo! Caso contrário, é hora de se debruçar e pensar em como a sua empresa será previamente reconhecida no mercado.

Saiba que essa tarefa, apesar de parecer simples, pode ser uma das mais desafiadoras do processo. Compreende-se que pensar em um nome para a sua marca e um logo, precisa ser algo bem pensado, pois depois para mudar (em caso de arrependimento), pode ser complicado e até mesmo prejudicial para o posicionamento da sua empresa no mercado.

No livro Lean Branding, a autora Laura Busche simplifica essa etapa, com esses 5 passos:

  1. Liste os nomes de seus concorrentes e pegue as primeiras referências, para começar a idealizar;
  2. Comece a elencar algumas palavras que descrevam a solução mais importante que sua marca pretende resolver. Dica: estude também sobre Jobs to be Done, pois isso pode ajudar a entender mais profundamente este conceito;
  3. Pense em palavras ou combinações de palavras que poderiam melhor traduzir o que o produto ou serviço da sua marca faz. Vale também pensar no comum, no popular, em combinações de palavras que represente simplicidade na hora de sua marca ser lembrada pelo consumidor;
  4. Tente combinar as estratégias dos passos 2 e 3 e escolha as opções mais originais e fáceis de serem reconhecidas e lembradas;
  5. Após escolher 1 ou mais opções, verifique no INPI quais estão disponíveis para serem registradas.

Além disso, sempre que pensar em um nome para uma marca, veja se o domínio está disponível. Recomendamos utilizar sempre o Registro.br para verificar a disponibilidade, ou mesmo digitar a url (https://nomedamarca.com.br) no navegador.

Gosto muito de utilizar como referência o Branding do Quinto Andar, pois as palavras não demonstram diretamente uma dor a ser resolvida, mas sim um elemento comum e mais popular.

Em um passado não muito distante, estruturei uma marca própria com o objetivo de criar uma Startup no mercado imobiliário, apesar de eu não ter dado continuidade. O nome escolhido foi “Bloco Quatro“, me inspirando tanto nos concorrentes, players do mercado, e também em algo familiar a mim (meu endereço é justamente no bloco quatro de um prédio). Trazendo os elementos de tipologia e design, consegui – depois de muitos testes e semanas! – encaixar uma “chave” entre a letra B e número 4, comunicando assim a marca perfeitamente com o que eu pretendia na época, ou seja, um símbolo marcante dentro do ramo imobiliário.

exemplo de branding logomarca bloco quatro
(Nesta imagem: Exemplo de Branding “Bloco Quatro”, construído para o mercado imobiliário)

2. Conheça profundamente o seu mercado

O que faz uma empresa crescer de verdade? Antes de tudo, é indispensável se aprofundar em seu mercado de atuação, e para isso existe o Product Discovery: é um processo que pode ser definido como identificação, desenvolvimento e lançamento de produtos que atendam às necessidades e desejos do mercado.

Não adianta estruturar a melhor marca, um logotipo invejável, uma tipologia perfeita, se a sua atuação não tiver aderência as necessidades do mercado e dores reais do usuário, concorda? Portanto, tenha o Discovery como uma das principais (ou senão a principal) estratégias para construir um negócio ou produto.

Para deixar ainda mais claro a importância de conhecer o mercado de atuação com profundidade, com base em dados de um estudo do CB Insights, estas são os 12 principais motivos por que produtos e empresas falham:

  1. Sem dinheiro / não conseguiu levantar capital;
  2. Produto sem aderência as necessidades do mercado;
  3. Não conseguiu competir com a concorrência (ou, ao meu ver, não conseguiu criar diferenciais realmente competitivos, não explorou a fundo o mercado;
  4. Modelo de negócios com defeito;
  5. Desafios regulatórios / legais
  6. Problemas de preços / custos
  7. Dificuldade em montar a equipe correta;
  8. Produto mal cronometrado;
  9. Produto lançado na hora errada;
  10. Desarmonia entre a equipe e investidores;
  11. O pivot (MVP) deu errado;
  12. Burnout.

Veja que, em segundo lugar, 35% das empresas falham justamente por não conseguirem criar produtos com reais dores e necessidades do mercado.

12 motivos pelos quais as startups falham
(Nesta imagem: 12 motivos pelos quais as startups falham, mostrando a importância de conhecer o mercado com profundidade)

>> Leia mais: Saiba o que é Product Discovery e como aplicar em PMES

3. Priorize suas ações

Ao identificar um bom mercado, uma dor real existente, estruturar uma boa marca, é possível de fato começar um negócio, Produto, Startup ou Pequena Empresa com o pé direito e com uma maior minimização de riscos de não dar certo. Mas isso ainda não é garantia de sucesso, ok?

Existem inúmeras atividades que o empreendedor precisa de atenção e dedicação para conseguir construir um negócio inovador, que resolva dores reais e com uma ótima proposta de Branding. Listaremos abaixo alguns exemplos de mapeamentos, estratégias e metodologias que você pode listar e priorizar:

  • Workshop para modelagem de negócios: É importante definir desde o início quais serão os primeiros passos, mesmo que ainda generalistas, de como o negócio irá crescer, ampliar e faturar. Organize um workshop (evento com objetivo de aprofundar conhecimentos em uma determinada área, trocar experiências e desenvolver habilidades práticas em um ambiente colaborativo e participativo) com seus sócios, defina OKRs (Objective and Key Results) e KPIs, elabore um Mind Map de como o seu produto ou negócio pretende crescer, defina claramente o Problem Solution-Fit e, mais importante, estruture um produto mínimo viável (M.V.P) para validar e trazer as primeiras hipóteses da empresa.

>> Leia mais: Saiba o que é MVP e sua importância para PMES

  • Defina as primeiras tecnologias: Caso o seu negócio seja digital, como um software, app, e-commerce, plataforma, ou mesmo um modelo de serviços que necessita de um site institucional, trace logo cedo quais tecnologias pretendem utilizar para começar a de fato construir algo palpável e vendível ao mercado. Dê atenção a ferramentas low-code e no-code, que facilitam e permitem começar negócios de forma mais econômica e ágil. Se essa não é a sua praia, não há problema! Busque por uma consultoria especialidade em produtos digitais e branding!

4. Construa Autoridade e Presença Digital

É aqui que o seu Branding começa a ter força! Esta etapa, não menos importante que as demais, é a que de fato fará com que a sua marca comece a ser reconhecida pelo seu target. Uma empresa que quer se destacar e construir Branding precisa gerar conteúdos qualificados e únicos, precisa investir em SEO, performance, social media, Inbound Product Marketing, além de outros meios de geração de conteúdo, como podcasts, vídeos, live commerce, entre outros.

Com um bom mapeamento, sua empresa começará a ganhar expansão de mercado e gerar as primeiras receitas.

5. Defina a Persona e Jornada do seu usuário

A jornada do usuário é um dos componentes mais importantes do processo de Design Thinking, que vem se tornando cada vez mais comum na maioria das empresas com cultura de Produto. Consiste na representação visual das etapas que envolvem o relacionamento do cliente com um produto ou serviço de determinada empresa, ou seja, é uma definição dos passos do consumidor antes, durante e depois da compra de um produto ou serviço. Se você quer começar como uma empresa moderna, leia isso!

Já a Persona é uma representação fictícia do que seria o seu cliente ideal. Ela precisa ser construída baseada em dados reais sobre comportamento e características demográficas dos seus clientes, além de dados sobre sua cultura, motivações, necessidades, objetivos, preocupações e desafios. Existem inúmeras formas de definir persona, mas, em geral, realizar pesquisas com seus melhores clientes é a forma mais recomendada.

Não há como construir Branding sem a compreensão profunda da persona e jornada do seu usuário. Quando considerar a hora, comece a coletar estes dados para trazer estas definições.

6. Crie uma cultura de Feedback e Analytics em sua empresa

Não é de hoje que você ouve: tome decisões a partir de dados! E aqui também recomendamos isso!

Analytics é uma competência organizacional de coletar, selecionar e relacionar os diferentes tipos de dados com o intuito de gerar os insights devidos para a tomada de decisões. Pode aparentar ser uma definição a uma área mais técnica, mas tem muito mais relação com cultura empresarial, pois é a partir desse competência que a empresa poderá se aprofundar na análise do comportamento e das interações dos usuários no seu produto, site, app ou software, com base em dados e métricas consistentes.

Geralmente é necessário o apoio de alguns profissionais especializados em dados para estruturar a coleta e a definição das métricas, mas pense em captar dados como uma forma ainda mais simples: uma planilha no Excel com anotações do executivo comercial, uma tabela de clientes ativos, quanto cada um gera de lucro, de prejuízo. Se você faz ao menos isso, meus parabéns! É o primeiro passo para construir uma cultura de Analytics.

Entretanto, o maior desafio que vira é produzir pensamentos úteis através destes dados gerados, através de pensamento crítico.

product analytics e pensamento crítico
Trecho de Kleber Liberato no LinkedIn: Product Analytics X Pensamento Crítico

Pegando o gancho do Branding, compreende que não há como atender as maiores dores do mercado sem que possamos entender se o cliente está ou não satisfeito com seu produto ou serviço? E a única forma de se aprofundar nesse comportamento é estruturando Analytics em seu processo.

Certifique-se que os dados de todas as áreas de sua empresa (Vendas, Customer Experience, Marketing, Produto, Design) estão sendo coletados da melhor forma, e compartilhe com todos para as melhores tomadas de decisão, resultando assim em construção de Branding ao seu negócio!

Conclusão

Encontre e amadureça seu próprio caminho para criar Branding ao seu negócio! Entender a fundo o seu cliente, mercado, concorrentes, fará toda a diferença e lhe dará a visão e estratégia necessária. Dica: aplique Product Sense em sua estratégia de marca e comece a construir o seu caminho com eficiência e efetividade.

Se você estiver buscando por uma Consultoria parceira para ajudar a implementar e evoluir as estratégias de Branding de sua empresa, marca ou negócio, a Onion Tech Digital pode lhe ajudar.

Kleber Liberato
Kleber Liberato
Kleber Liberato é fundador e CEO da Onion Tech Digital. Com 15 anos de experiência em Marketing Digital e Ecommerce, fundou a marca com a maior quantidade de templates vendidos da história da plataforma Loja Integrada. É especialista em Produtos Digitais e em Consultoria de Produto.

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